Trabalhadores Ganham Liminar na
justiça para concorrerem à eleição do sindicato dos correios no Maranhão
Postado 15 de junho de
2016 – http://netocruz.blog.br/
Depois
de uma eleição sindical conturbada em 2013, velhas práticas para se manter no
poder são pioradas nos Correios MA. No caso em questão, estamos falando de
eleições para o Sindicato dos Trabalhadores de Correios do Maranhão (SINTECTMA). Estatal como é, não é difícil imaginar porque quem tem o poder da máquina
sindical nas mãos não quer sair. Liberdade para visitar os políticos, viagens
pelo Brasil, conseguir tomar decisões que afetam as estruturas de uma empresa
tão grande como a ECT, indicações para cargos de milhares de reais como salário.
Para isso, parece que vale tudo na cabeça de alguns.
Chegou
a este blog por fontes confiáveis que está prestes a ser julgado no TRT MA a
ação que comprova a fraude naquela eleição de anos atrás. Os peritos na justiça
se viram diante de um quadro no mínimo “anti democrático”. Chapa de oposição
precisando de ordem judicial para ser inscrita, chefias durante a eleição
tentando forçar trabalhadores a votar na eleição sindical, proibição de
acompanhar a segurança da eleição foram os atos mais leves que houveram em
2013. Verificadas algumas assinaturas na lista de votantes, foram encontradas
falsificações assinaturas, ex funcionários votando, aposentados que não nunca
foram visitados pela atual diretoria estão com os nomes incluídos como
eleitores que depositaram votos nas urnas. “Pelo menos 4 urnas na votação
haviam falsificações grosseiras de assinaturas e infelizmente não foi possível
ir além porque a atual diretoria afirmou que um ladrão assaltou a sede do
sindicato durante a madrugada para roubar R$ 50,00 e as listas originais da
eleição. Por sorte aqueles que foram lesados já tinham judicialmente as cópias
das assinaturas.” assim declarou nossa fonte ao blog que prefere não se
identificar. Esse suspeito assalto somente favoreceu a atual direção que
continuou no poder já que houve demora ao avaliar as cópias das assinaturas.
Prosseguindo
com o relato ouvimos a parte mais impressionante: um morto votou na eleição
sindical de 2013. “Qual foi a nossa surpresa quando foi percebida a assinatura
de uma pessoa já morta a um ano como tendo comparecido à eleição e votado.”
Perseguição política com a expulsão de lideranças da chapa concorrente, caça a
chefias, transferência de funcionários, ameaças, tudo passou a ser rotina após
essa eleição de 2013 contra quem ameaçava retirar os eleitos das cadeiras do
sindicato.
Se
parecia que as coisas não poderiam ficar piores, o impensável aconteceu. Com
uma mudança estatutária em 2015, ficou impossível formar uma nova chapa de
oposição. “Muitos trabalhadores saíram do sindicato indignados com a agressão à
sua moral. Agora, somente quem já foi delegado sindical, membro da CIPA (que em
nada tem de ligação com o sindicalismo) ou eles mesmos da atual diretoria podem
se eleger candidatos. Um abuso em tempos onde tenta se discutir democracia.”
relatou indignado a nossa fonte ao blog.
Dia
20 de junho será visto mais um capitulo dessa intrigante disputa. Com uma
decisão judiciária liminar, as eleições para diretoria do SINTECTMA estão
suspensas e tem de haver nova chamada de inscrições para a chapa em 2016 com
regras que estabeleçam eleições limpas. Fica então a pergunta. Em tempos onde
se fala tanto em golpe contra a democracia e ter o povo participando da
política, será que esse tipo de situação vai se tornar o simbolo maranhense de
uma política suja???
A
desculpa de diversos atores políticos e juristas dizendo “eu não sabia que era
assim” ou “eu fui enganado” não tem mais como ser utilizada. Diretoria sindical
alguma se mantém sem apoio politico e esse apoio, se tem servido de cúmplice
para que fraudadores se mantenham no poder for caracterizado será mais um duro
golpe para quem estiver do lado errado.
Deixamos nosso REPÚDIO diante desse quadro lastimável e antidemocrático
da atual gestão do SINTECTMA que de forma arbitraria e ditatorial alterou o
Estatuto Social e Sindical da Entidade de forma a se perpetuarem no poder e
excluírem os trabalhadores de base de participarem do processo eleitoral.