sábado, 22 de outubro de 2011

“Autoridades esquecem-se do passado grevista e jogam contra a consciência política”

Artur Henrique*

A greve é mais que um direito constitucional e um instrumento legítimo para os trabalhadores cobrarem aumentos salariais, proteção e ampliação de direitos e melhoria das condições de vida em geral.

Um movimento grevista também é um dos principais momentos para elevar a consciência crítica da população. É uma oportunidade de as pessoas se enxergarem como conjunto transformador, e por isso guarda em si potencial de catarse política, de passagem para uma experiência ativa de mudança do mundo social.

Compreendido esse potencial, entende-se porque as greves são tão hostilizadas – embora, e propositalmente, jamais de modo a apontar o verdadeiro temor – pelos patrões em geral e todo o sistema hegemônico de que dispõem.

O que não se pode entender ou mesmo aceitar é que administradores públicos das três esferas de governo, especialmente aqueles que têm origem no movimento sindical e nas lutas sociais, tentem desqualificar a greve ou coloquem-se contra o movimento como se defendessem um princípio.

Acompanhamos em greves recentes e bastante disputadas – como a dos professores em 17 estados brasileiros e a dos Correios – manifestações autoritárias e reacionárias que se prestaram à deseducação política e à desmobilização social.

Nem vamos nos deter mais longamente em reações truculentas como a de alguns governadores e prefeitos que permitiram ou talvez até tenham ordenado a repressão policial sobre os trabalhadores, tamanho o absurdo da conduta.

Porém, não é preciso chegar a tal manifestação antidemocrática para ser igualmente nocivo à organização dos trabalhadores. A ameaça de não negociar com grevistas ou a intenção de negociar separadamente com aqueles que não aderiram à greve é uma tentativa de premiar o medo, a timidez e, principalmente, o individualismo. Ainda que a escolha de participar ou não de uma greve seja um direito legítimo de cada trabalhador e trabalhadora, quando uma autoridade pública acena positivamente para aqueles que optaram pela via solitária, presta desserviço igual à construção da consciência política coletiva e ao sonho de mudar a sociedade.

Quando atitudes como essa partem de companheiros que já foram sindicalistas e que já fizeram greve, deparamo-nos com uma ameaça séria. Claro que não podemos nos deixar levar pela sensação de desalento que tal situação poderia produzir, mas é inevitável um travo de decepção na garganta – sem falar que a conduta desses companheiros serve como justificativa para políticos tradicionalmente avessos às lutas populares.

Devemos lembrar que no Brasil de hoje há ministros e presidentes de estatais que só chegaram lá porque fizeram greves ao longo de suas trajetórias. Esquecer-se disso é jogar contra a proposta de transformação social que tem nos guiado nas últimas décadas. Se queremos construir um novo modelo de desenvolvimento, com ênfase na distribuição de renda, na superação das desigualdades e na afirmação da liberdade, devemos repudiar tal comportamento demonstrado por algumas autoridades públicas nos últimos dias.

Se nosso desejo é que as pessoas que hoje saem da pobreza e começam a ascender socialmente não reproduzam amanhã o mesmo espírito de competição entre iguais do qual já foram e ainda são vítimas, se queremos a solidariedade como princípio e o coletivo como estratégia, nosso caminho é totalmente outro.

Greve não é um objetivo em si

Nada disso quer dizer que a greve seja algo que busquemos como recurso primeiro. Ao contrário. Quando acontece, a greve é resultado de um processo de negociação que fracassou. Em circunstâncias assim, é o último e único recurso de pressão dos trabalhadores, diante da multiplicidade de mecanismos de que dispõem os empregadores – força econômica, domínio dos meios de comunicação e até controle das forças de repressão.

Os mais bem sucedidos processos de negociação, por sua vez, derivam da realização de greves em períodos anteriores que elevaram o grau de consciência política e organizativa de determinados grupos.

Já o fracasso de um processo de negociação não pode ser atribuído a um único ator do processo. Tanto no setor privado quanto no público, os administradores têm entre suas funções básicas a intermediação de conflitos trabalhistas.

Justiça do trabalho

Por isso consideramos inadmissível que a Justiça do Trabalho, como alguns de seus mais destacados representantes fizeram por ocasião da greve nos Correios, atribua aos trabalhadores e seus sindicatos a responsabilidade total pelas paralisações.

Aliás, a chegada de um conflito entre capital e trabalho até a Justiça é o pior cenário de um movimento grevista, pois sinaliza o fracasso completo do processo de diálogo.

Ainda sobre a Justiça do Trabalho, é importante destacar – registre-se que isso não ocorreu no caso dos Correios – a prática cada vez mais recorrente de julgar a conveniência ou o caráter abusivo da greve antes mesmo de considerar a justeza das reivindicações.

Já na Justiça comum, desse modo de avaliar os movimentos grevistas derivam-se os interditos proibitórios, que impedem os trabalhadores de se reunir nas proximidades da empresa em momentos de mobilização. Outro absurdo.

Vivemos no Brasil um momento complicado em relação aos processos de negociação coletiva. Há um vácuo legal para o qual já propusemos, para o setor público, a regulamentação da Convenção 151 do OIT – já ratificada pelo Congresso – e a organização por local de trabalho tanto para o setor privado quanto para o público.

Um dos legados dos anos Lula e Dilma deve ser a ampliação da consciência e participação política do povo, jamais o contrário.

No mundo inteiro

Enquanto isso, os indignados de todo o mundo vão às ruas protestar contra o capitalismo, ainda que de forma fragmentada, com bandeiras múltiplas, reivindicando uma nova forma de gerir o planeta. Todos que acampam, levantam bandeiras e batem bumbo querem dizer, se me permitem o uso de uma frase que os estadunidenses criaram, com sua capacidade toda própria adquirida graças ao cinema e à publicidade: “Você não me deixa sonhar, então eu não deixo você dormir”.

O Brasil, que pleiteia, com justiça, uma posição de comando na diplomacia internacional, bem que poderia dizer ao mundo, durante as cerimônias públicas e nas coletivas de imprensa de fóruns mundiais como o próximo G-20, que não há nada comprovadamente mais eficaz contra a crise do que a organização da classe trabalhadora, ao mesmo tempo responsável pela produção e pelo consumo.

Arrisco-me a dizer ainda que a América Latina, a partir de suas experiências contra-hegemônicas, tem todo o direito de propor aos povos do Hemisfério Norte a desobediência ao sistema financeiro, esse que rouba nossos sonhos.

*Artur Henrique é presidente da CUT Nacional.
PS do Viomundo: “Afinal, que autoridades se esquecem que já fizeram greves  e jogam contra os trabalhadores e a consciência política?”, alguns devem estar querendo saber. Um é  o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que disse: “Greve não é férias”. Outro é o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, que afirmou: “Com grevistas, eu não negocio”. Ambos ex-sindicalistas ligados à CUT. Vale recordar também o comportamento das direções da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, que agiram como se fossem de bancos privados e não jogaram os respectivos pesos na Fenaban, para abrir negociação com os bancários.


sábado, 15 de outubro de 2011

VEJA PARA AONDE VAI A PRODUÇÃO DE CADA TRABALHADOR E TRABALHADORA DO BRASIL


Veja o vídeo acima, agora compare com o salário anual de um trabalhador e de uma trabalhadora ecetista e chega-se a conclusão de que a luta da classe operária tem de existir através também das greves para forçar o capital (governo, empresários) a negociar um pouco da produção e do ganho exorbitante que cada um desses trabalhadores e trabalhadoras colocam nos cofres dos seu patrões.
Vamos valorizar nosso voto na hora de escolher nossos representantes, vamos votar somente em quem tem compromisso com a classe trabalhadora, NÃO SE DEIXE MAIS ENGANAR por falsas promessas.
E VIVA A LUTA DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS!!!

Para reflexão dos covardes que vivem nas sobras …



Os Indiferentes

Antonio Gramsci

11 de Fevereiro de 1917

Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que “viver significa tomar partido”. Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.

A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.

A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mesmo os mais bem construídos; é a matéria bruta que se revolta contra a inteligência e a sufoca. O que acontece, o mal que se abate sobre todos, o possível bem que um ato heróico (de valor universal) pode gerar, não se fica a dever tanto à iniciativa dos poucos que atuam quanto à indiferença, ao absentismo dos outros que são muitos. O que acontece, não acontece tanto porque alguns querem que aconteça quanto porque a massa dos homens abdica da sua vontade, deixa fazer, deixa enrolar os nós que, depois, só a espada pode desfazer, deixa promulgar leis que depois só a revolta fará anular, deixa subir ao poder homens que, depois, só uma sublevação poderá derrubar. A fatalidade, que parece dominar a história, não é mais do que a aparência ilusória desta indiferença, deste absentismo. Há fatos que amadurecem na sombra, porque poucas mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia da vida coletiva, e a massa não sabe, porque não se preocupa com isso. Os destinos de uma época são manipulados de acordo com visões limitadas e com fins imediatos, de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos, e a massa dos homens não se preocupa com isso. Mas os fatos que amadureceram vêm à superfície; o tecido feito na sombra chega ao seu fim, e então parece ser a fatalidade a arrastar tudo e todos, parece que a história não é mais do que um gigantesco fenômeno natural, uma erupção, um terremoto, de que são todos vítimas, o que quis e o que não quis, quem sabia e quem não sabia, quem se mostrou ativo e quem foi indiferente. Estes então zangam-se, queriam eximir-se às conseqüências, quereriam que se visse que não deram o seu aval, que não são responsáveis. Alguns choramingam piedosamente, outros blasfemam obscenamente, mas nenhum ou poucos põem esta questão: se eu tivesse também cumprido o meu dever, se tivesse procurado fazer valer a minha vontade, o meu parecer, teria sucedido o que sucedeu? Mas nenhum ou poucos atribuem à sua indiferença, ao seu cepticismo, ao fato de não ter dado o seu braço e a sua atividade àqueles grupos de cidadãos que, precisamente para evitarem esse mal combatiam (com o propósito) de procurar o tal bem (que) pretendiam.

A maior parte deles, porém, perante fatos consumados prefere falar de insucessos ideais, de programas definitivamente desmoronados e de outras brincadeiras semelhantes. Recomeçam assim a falta de qualquer responsabilidade. E não por não verem claramente as coisas, e, por vezes, não serem capazes de perspectivar excelentes soluções para os problemas mais urgentes, ou para aqueles que, embora requerendo uma ampla preparação e tempo, são todavia igualmente urgentes. Mas essas soluções são belissimamente infecundas; mas esse contributo para a vida coletiva não é animado por qualquer luz moral; é produto da curiosidade intelectual, não do pungente sentido de uma responsabilidade histórica que quer que todos sejam ativos na vida, que não admite agnosticismos e indiferenças de nenhum gênero.

Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a atividade da cidade futura que estamos a construir. Nessa cidade, a cadeia social não pesará sobre um número reduzido, qualquer coisa que aconteça nela não será devido ao acaso, à fatalidade, mas sim à inteligência dos cidadãos. Ninguém estará à janela a olhar enquanto um pequeno grupo se sacrifica, se imola no sacrifício. E não haverá quem esteja à janela emboscado, e que pretenda usufruir do pouco bem que a atividade de um pequeno grupo tenta realizar e afogue a sua desilusão vituperando o sacrificado, porque não conseguiu o seu intento.

Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Comando Nacional de Negociação e Mobilização 2011.

INFORME – 045, Brasília, 12 de outubro de 2011.

AOS SINDICATOS FILIADOS

Este comando parabeniza a todos trabalhadores (as) que estiveram firmes nos 28 dias de greve, que já é o maior realizado pela nossa categoria. Todos esses dias foram difíceis, pois lutamos contra a imposição da Empresa e truculência deste governo onde muitos de nós ajudamos a eleger.

Que vem acontecendo nos últimos anos, falta de condições de trabalho, falta de reposições do quadro de trabalhadores, dobras excessivas, convocação de forma arbitraria para trabalhar nos finais de semanas, assédio moral por parte dos gestores, porém a nossa categoria mais uma vez demonstrou a sua força e também a sua unidade.

Parabenizamos também aos 35 sindicatos filiados a FENTECT, que neste momento histórico mantiveram-se unidos do começo ao fim, em um dos maiores movimento paredista dos trabalhadores em correios.

Este comando entende que por opção dos trabalhadores nas assembléias, prevaleceu a democracia, porém naquele momento o comando fez orientação pela aprovação, devido à conjuntura que nos encontrávamos, era a melhor opção. Aonde na avaliação deste comando não existia mais espaço para o diálogo e nem avanços. Restando o judiciário como fator decisivo, deixando os trabalhadores sujeitos a um prejuízo ainda maior, mas da proposta de conciliação da Ministra, MARIA CRISTINA PEDUZZI, entendendo que o comando respeitou a decisão da categoria referendou o encaminhamento das assembléias.

Quanto ao julgamento do TST a “DECISÃO" foi 6.87% a partir de 01 de agosto 2011; R$80,00 a partir de 01 de outubro 2011; vale- alimentação R$ 25,00; vale cesta de R$ 140,00; vale extra de natal de R$ 575,00(peru), a ser pago no mês de dezembro 2011; e outros já em consenso com este comando que seguirá posteriormente na minuta do acordo.

Sobre os dias de greve alguns ministros do TST, aplicaram a jurisprudências e normas da casa, de que a greve suspende o contrato de trabalho, se não há trabalho não haverá pagamento dos dias parados, (palavras do TST), sobre tudo, a proposta foi discutida e colocada na conciliação pela ministra Maria Cristina Peduzzi, sendo apreciada no julgamento e na votação, ficando assegurado conforme decisão da votação: 04(quatro) votos a favor dos descontos dos 28 dias, 02(dois) votos a favor dos 06 dias e 03(três) votos a favor dos 7 dias, o presidente do TST, João Oreste Delazem, considerando a media dos votos, aprova o desconto de 07 dias e a compensação de 21 dias.

Após todo este relato o Comando Nacional de Negociação agradece aos trabalhadores, pelo apoio prestado e a solidariedade externada por vários telefonemas e emails a este comando, deixamos claro que fizemos tudo que nos cabia e avançamos no que podíamos sempre a procura do melhor para a categoria com consciência e muita responsabilidade.
Somente com a unidade demonstrada nesse movimento por parte de nossa categoria, que será possível as futuras vitórias. A luta continua.

“Por um Correios público e de qualidade. Fim da exploração. Não à privatização”.

Saudações Sindicais,

Comando Nacional de Negociações e Mobilização 2011

Cláudio Roberto de Oliveira e Silva-RJ
Evandro Leonir da Silva–RS
João Alves de Melo–RPO/SP
José Gonçalves de Almeida–DF
Maximiliano Velazques Filho–MA
Paulo Wilson T. de Araújo–SC
Saul Gomes da Cruz – BA

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Funcionários dos Correios garantem aumento linear no TST, mas terão dias descontados

Os funcionários os Correios, em greve há 28 dias, não conseguiram reverter, na tarde desta terça-feira (11), durante o julgamento do dissídio coletivo realizado no Tribunal Superior do Trabalho, o desconto dos dias parados na greve da categoria. A Seção de Dissídios Coletivos do tribunal autorizou a compensação de 21 dias e o desconto de sete, sem a devolução dos seis dias já descontados. Contudo, a corte não considerou que a greve foi abusiva e concedeu 6,87% de reajuste retroativo a agosto, aumento linear de R$ 80 a partir de 1º de outubro. O TST também determinou o fim da greve a partir das 0h de quinta-feira (13).

Segundo a decisão do TST, a compensação dos dias parados será feita aos sábados e domingos. Considerando-se ainda que a quarta, dia 12, é feriado, os funcionários devem voltar ao trabalho na quinta, sob pena de uma multa diária de R$ 50 mil a Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect). O secretário da entidade, José Rivaldo da Silva disse: “Decisão da justiça não se discute, se cumpre”.

Durante a sessão de julgamento das cláusulas econômicas, o presidente do TST, ministro João Orestes Dalazen, reformulou a proposta apresentada pelo relator do dissídio, Maurício Godinho Delgado, e ofereceu abono de R$800, reajuste de 6,87% para agosto e aumento real de R$ 60 em janeiro. Contudo, os ministros, por maioria, seguiram a proposta apresentada pelo relator com os 6,87 % de reajuste e mais o aumento linear de R$ 80.  A SDC ainda concedeu vale alimentação de R$ 25, vale cesta de R$ 140 e vale extra de R$ 575.

Antes do julgamento do dissídio da categoria, o comando de greve da Fentect recusou a última tentativa de acordo, cuja proposta foi a mesma apresentada pelo presidente do TST, Oreste Dalazen e citada durante o julgamento. A divergência seguia em torno do desconto dos dias parados.
Na defesa da Fentect, o advogado Gustavo Ramos explicou que os trabalhadores não tiveram a intenção de lesar a sociedade. Segundo ele a greve foi pacífica e baseada na busca de melhores condições para a categoria.                                         
                                                                                                     Fonte: www.fentect.com.br

Em meio as tantas questões que foram ventiladas durante esse período da greve, lógico temos de levar em consideração todas: as mais raivosas, as radicais, as tendenciosas, as meio termo, as mais leves, as progressistas, as justas, "as verdadeiras", as pelegas, as marias vai com as outras, enfim... etc e tal... por aí vai, devamos tirar lições de todas e aprendermos muito e muito mesmo, até a exaustão, para que no futuro, tá bem aí, possamos ter maturidade de dialogar com todos os pares de esquerda, de centro e de direita. Não adianta acharmos que temos a solução para tudo, que é nossa opinião que deve prevalecer, que devemos nos impor e pronto, tá resolvido. Não é por aí, essa companheirada que foi para a greve e muitos que não foram mais tiveram vontade de ir (mais por algum 'X' da questão não foram) ascenderam o sinal amarelo de ALERTA, estamos aqui para construir uma nova realidade.
Esses companheiros e companheiras necessitam se organizar para as novas lutas, pois, não podemos deixar essa organização só nas trincheiras dos Sindicatos. Temos de organizar nossa população de 110 mil homens e mulheres oprimidas por muitos direitos negados ou subaproveitados em prol de uma produtividade perversa que maltrata somente a quem produz.
Qual a organização correta da classe trabalhadora, via Sindicato ou via Partido Político? Temos de buscar a resposta mais viável organizando todos os segmentos da nossa categoria, para que possamos dar sustentação e continuidade da luta das trabalhadoras e trabalhadores em busca das estratégias corretas para que se alcance grandes conquistas para a classe trabalhadora ao invés de estratégias iquivocadas que possam nos levar ao caminho da derrota.
Esses companheiros e companheiras necessitam se organizar para as novas lutas, pois, não podemos deixar essa organização só nas trincheiras dos Sindicatos. Temos de organizar nossa população de 110 mil homens e mulheres oprimidas por muitos direitos negados ou subaproveitados em prol de uma produtividade perversa que maltrata somente a quem produz.
Apesar das muitas criticas feitas aos nossos líderes que estavam na linha de frente das negociações, como o companheiro Max (SINTECT/MA) e o companheiro Rivaldo (FENTECT), homens íntegros e com grande capacidade de dialogo, passamos o que passamos (não vamos chorar o caldo derramado), sugiro aos companheiros e companheiras ecetistas que devamos sair desse processo desgastante com a cabeça erguida e com a aprendizado de que daqui pra frente saibamos estar do lado da estratégia correta para quando as lutas chegarem (estão bem aí) estejamos prontos para saber em quem confiar e qual o caminho correto a trilhar.  
VIVA A LUTA DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS!!!!!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Quadro das Assembléias de 05/10/2011.

Camaradas trabalhadoras e trabalhadores ecetistas, na nossa história de lutas e muitas lutas o que deslumbrado com o quadro abaixo é um outro momento. Um momento de resgaste da classe trabalhadora em lutar pela sobrevivência de suas familias. Agora, muitos dizem que existe culpados, eu só tenho a plena certeza que esses heróicos trabalhadores e trabalhadoras não são esses culpados. Deixo em aberto, quem é ou quem são os culpados por esse momento de falta de dialogo para resolver a negociação da classe trabalhadora ecetista.    

SINDICATORESULTADO
ACRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
ALRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
AMRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
BARejeitada a Proposta. Continua em Greve.
BRURejeitada a Proposta. Continua em Greve.
CASRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
CERejeitada a Proposta. Continua em Greve.
DFRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
ESRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
GORejeitada a Proposta. Continua em Greve.
JFARejeitada a Proposta. Continua em Greve.
MARejeitada a Proposta. Continua em Greve.
MGRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
MTRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
MSRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
PARejeitada a Proposta. Continua em Greve.
PBRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
PERejeitada a Proposta. Continua em Greve.
PIRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
PRRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
RJRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
RNRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
RORejeitada a Proposta. Continua em Greve.
PORRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
RRRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
RSRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
SCRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
SERejeitada a Proposta. Continua em Greve.
SJORejeitada a Proposta. Continua em Greve.
SMARejeitada a Proposta. Continua em Greve.
SPRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
STSRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
URARejeitada a Proposta. Continua em Greve.
VPRejeitada a Proposta. Continua em Greve.
TORejeitada a Proposta. Continua em Greve.

Comissão Nacional de Negociação e Mobilização 2011

Votação da Proposta Apresentada do TST em 04/10/2011